150 ANOS DO CARTÃO-POSTAL
Uma rede social vintage

Flávia Drummond
Marcos Brás

Ele pode ser considerado o avô do Instagram. Por meio do cartão-postal, que comemorou 150 anos nesta terça-feira (1º), as primeiras imagens de monumentos, fatos históricos, personalidades, cidades e infinita temática começaram a ser compartilhados e rodar o planeta.

Para celebrar esse ícone postal, o Museu Correios, em Brasília, lançou a exposição O mundo em suas mãos: arquitetura em formas, cores e beleza. Até 27/10, a mostra retrata a beleza arquitetônica de diferentes lugares e civilizações por meio de cartões postais do mundo inteiro.

Criado em 1869 por Emmanuel Hermann, na Áustria, inicialmente como meio de comunicação para baratear as correspondências, o “Correspondenz-Karte” surgiu como uma simples cartolina, contendo apenas o selo, o espaço para menção do destinatário e um local, no verso, para mensagens curtas.

Cartão-postal do início do século XX. Foto: Acervo Museu Correios
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Uma rede social vintage”

Patrimônio arquitetônico dos Correios preserva história do Brasil

Centro Cultural Correios São Paulo, no Vale do Anhagabaú.

Kárita Sena

Tradição e modernidade formam a marca dos Correios. Com três séculos e meio de existência, além do registro histórico em peças filatélicas, a empresa expressa a trajetória do país no seu patrimônio arquitetônico. Prédios históricos como do Anhangabaú, que abriga a Agência Central e o Centro Cultural dos Correios em São Paulo, construído em 1922, convivem e contrastam com modernos complexos logísticos como o de Cajamar (SP).

Antes mesmo de ser transformada em empresa, no início do século passado os Correios investiam em modernas construções para sediar a empresa. Nas décadas de 1920 e de 1930, seguindo uma tendência mundial, foram inaugurados imponentes prédios da empresa em cidades como Recife (PE), Manaus (AM), Petrópolis (RJ), João Pessoa (PB), São Paulo (SP) e Santos (SP).

Nessa época, investimentos no setor postal e telegráfico formavam uma conjugação de esforços para alinhamento do país aos movimentos de modernização nas comunicações e de incentivo à integração nacional. O prédio do Vale do Anhangabaú, com sua imponente fachada na capital paulista, ficou marcado por sua ampla e moderna estrutura, além de características como a generosa entrada de iluminação natural.

O local tornou-se um ponto tão marcante na paisagem urbana da capital paulista que a Praça Pedro Lessa ficou conhecida como “Praça do Correio”. O espaço hoje abriga o Centro Cultural Correios de São Paulo.

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