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Kárita Sena
Tradição e modernidade formam a marca dos Correios. Com três séculos e meio de existência, além do registro histórico em peças filatélicas, a empresa expressa a trajetória do país no seu patrimônio arquitetônico. Prédios históricos como do Anhangabaú, que abriga a Agência Central e o Centro Cultural dos Correios em São Paulo, construído em 1922, convivem e contrastam com modernos complexos logísticos como o de Cajamar (SP).
Antes mesmo de ser transformada em empresa, no início do século passado os Correios investiam em modernas construções para sediar a empresa. Nas décadas de 1920 e de 1930, seguindo uma tendência mundial, foram inaugurados imponentes prédios da empresa em cidades como Recife (PE), Manaus (AM), Petrópolis (RJ), João Pessoa (PB), São Paulo (SP) e Santos (SP).
Nessa época, investimentos no setor postal e telegráfico formavam uma conjugação de esforços para alinhamento do país aos movimentos de modernização nas comunicações e de incentivo à integração nacional. O prédio do Vale do Anhangabaú, com sua imponente fachada na capital paulista, ficou marcado por sua ampla e moderna estrutura, além de características como a generosa entrada de iluminação natural.
O local tornou-se um ponto tão marcante na paisagem urbana da capital paulista que a Praça Pedro Lessa ficou conhecida como “Praça do Correio”. O espaço hoje abriga o Centro Cultural Correios de São Paulo.
A preocupação da empresa em preservar a história e a memória postal pode ser vista em numerosas construções pelo Brasil. Em São Luís (MA), a sede dos Correios na Praça João Lisboa está situada em uma construção de 1937. Além das áreas administrativas da empresa, o prédio abriga atualmente a agência central dos Correios na cidade.
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As adequações realizadas no edifício ao longo de oito décadas ampliaram espaços, conferindo mais funcionalidade e conforto aos clientes, e buscaram agregar detalhes de acabamento para uma decoração harmoniosa e agradável, mantendo traços originais.
Em Curitiba (PR), o prédio de mais de 4 mil metros quadrados que hoje abriga a agência central da cidade, é uma construção de 1934. Um marco arquitetônico da comunidade local, o edifício foi construído com traços geométricos do estilo art déco que refletiam os mais avançados conceitos de modernidade da primeira metade do século XX.
Em 2016, a edificação recebeu investimentos de 5,7 milhões de reais para recuperação e reforma, buscando preservar as características originais da construção que forma um patrimônio histórico e arquitetônico que compõe o entorno cultural mais importante da cidade.
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Perto de completar 120 anos de emancipação, Campo Grande (MS) tem também no prédio dos Correios uma das construções históricas da cidade. Professora no curso Arquitetura e Urbanismo, Camila Amaro levou alguns de seus alunos para conhecer de perto características diferenciadas da construção.
“A arquitetura eclética do edifício foi um ponto relevante para a visita, além de estar inserido na Zona Especial de Interesse Cultural do Centro de Campo Grande”, relatou a docente.
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Segundo o arquiteto dos Correios, Erick Fraiha, o reconhecimento dos bens dos Correios enquanto patrimônio arquitetônico é relevante para o contexto onde a empresa está inserida. “Também é uma experiência importante para alunos da área de Engenharia e Arquitetura, pois eles têm a oportunidade de conhecer na prática alguns dos desafio da conservação diante das implicações legais e institucionais que envolvem mudanças no uso do espaço ao longo dos anos”, destacou o profissional.
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