Intelectuais dos selos: conheça a Academia Brasileira de Filatelia

Hobby, ciência, arte ou literatura? Muito além do colecionismo de selos, a filatelia tem se mostrado um universo cada vez mais abrangente. No Brasil, um grupo de estudiosos se uniu em torno desta paixão em comum para fundar a Academia Brasileira de Filatelia (ABF). Desde 2022, os membros da instituição sediada em Brasília (DF) se dedicam a desenvolver a chamada literatura filatélica, por meio da publicação de estudos, pesquisas e artigos.

Antes de falar sobre a ABF especificamente, vale um parênteses sobre o significado da palavra academia. O termo tem origem no grego, Akadémia, um bosque perto de Atenas, onde Platão ensinava filosofia. Por isso, com o tempo, a associação de pessoas especializadas em uma determinada área para estudos passou a receber o nome de academia.

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DIA DO SELO
Correios lança releitura do Olho de boi, que completa 180 anos

Hoje é o Dia Nacional do Selo, e os Correios estão comemorando a data de uma forma muito especial: lançando uma releitura do primeiro selo postal brasileiro, o Olho de boi, que completa 180 anos neste 1º de agosto. Os eventos de lançamento acontecerão em Brasília/DF, Recife/PE e Ribeirão Preto/SP.

A releitura do Olho de boi chega pelas mãos do artista Fábio Lopez, que usou a computação gráfica para adicionar (pós-)modernidade aos três selos originais, de 30, 60 e 90 réis. Os selos ganharam cores marcantes, porém, mantendo os arabescos característicos da obra homenageada. O resultado remete à arte pop, que tem o estadunidense Andy Warhol como um de seus maiores representantes.

Cores fortes para homenagear os 180 anos do Olho de boi
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Correios lança releitura do Olho de boi, que completa 180 anos”

LINE-UP POSTAL
Correios na São Paulo Fashion Week 2023 

Fernanda Lobo e Aline Campos

A carteira Andressa Fernandes posa ao lado do estilista Theo Alexandre momentos antes de desfilar na SPFW. Foto: Divulgação/Correios

Noite de estreia! Os Correios ganharam as passarelas da semana de moda mais importante da América Latina neste fim de semana. Desfilando o novo uniforme da empresa na São Paulo Fashion Week, a carteira Andressa Fernandes apresentou neste sábado o selo “Todas as Coras”, criado em parceria com a marca Thear Vestuário, em celebração à poetisa goiana Cora Coralina.

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Correios na São Paulo Fashion Week 2023 

Maio Amarelo: nós escolhemos a vida 

Os Correios lançaram, nesta terça-feira (2), selo que celebra os 10 anos do Movimento Maio Amarelo.

Neste ano, o Movimento Maio Amarelo comemora 10 anos e, novamente, os Correios são apoiadores oficiais da campanha, que traz como mote “No trânsito, escolha a vida”. Para sensibilizar a sociedade sobre a urgência do tema, lançamos hoje (2), em Brasília (DF), o selo que celebra a década do movimento mundial.

Os Correios possuem a maior frota logística do Brasil: são mais de 23 mil veículos próprios circulando pelas nossas ruas, avenidas e estradas, todos os dias. Por isso, além de utilizar o alcance da filatelia para divulgar o Maio Amarelo, promoveremos ao longo deste mês atividades internas voltadas à sensibilização e conscientização dos motoristas, motociclistas e ciclistas da estatal. De maio até setembro, também será realizada uma campanha interna de prevenção a acidentes de trânsito.   

Todos os empregados que têm como atividade conduzir os veículos dos Correios passam por treinamentos regulares de direção defensiva, legislação de trânsito e primeiros socorros. Além disso, incorporamos tecnologias de segurança nos veículos da empresa e temos a meta de renovar, de quatro em quatro anos, 100% da nossa frota.    

A conscientização é a principal ferramenta para combater a violência no trânsito, já que a maioria absoluta dos acidentes está relacionada à imprudência, imperícia ou negligência. Ao mesmo tempo, a adoção de medidas simples, como o uso de cinto de segurança e a proibição do uso de celular ao volante, têm o potencial de salvar vidas.   

Os Correios acreditam que contribuir para um trânsito mais pacífico é escolher a vida. E isso é dever de todos. 

DIA NACIONAL DAS TRADIÇÕES DE MATRIZES AFRICANAS
Correios 360: ser e expressar o que se é, em qualquer perspectiva

Lançamos hoje, em cerimônia na Câmara dos Deputados , o selo que celebra o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, comemorado neste 21 de março. Neste ano histórico para os Correios, a emissão filatélica reflete a essência da campanha “Correios 360: Brasil em todos os ângulos”.

Conectando todos os cantos do país, como única empresa pública presente em todos os municípios brasileiros, a diversidade e a pluralidade estão no DNA dos Correios. Por isso, ao lançar o selo do Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, os Correios se unem aos esforços do Governo Federal no combate à intolerância religiosa e ao racismo estrutural no Brasil.

O respeito às pessoas, um dos valores institucionais dos Correios, abrange o direito de todos serem e expressar o que se é, livremente, de todos os ângulos e em qualquer perspectiva. E nada mais simbólico do que a filatelia e o selo, meio tão antigo quanta a história da humanidade, para lembrar que, para além das singularidades, temos todos raízes em comum.

Sobre o selo – A arte, criada pelo designer Gabriel Gabiru traz a representação do mar, que para muitas tradições africanas, divide o plano espiritual do plano carnal. Na imagem, a espiral sai do continente africano, passa pelo Brasil e retorna para a África, em um movimento de vai e vem.  A emissão estará disponível, sob encomenda, a partir do mês de abril na loja virtual dos Correios e nas principais agências do país.  

DIA NACIONAL DO SELO
Selo postal: o trabalho por trás da arte

Dentre os motivos de orgulho nacional do Brasil, sem dúvidas, o selo postal, celebrado no próximo 1º de agosto, é um deles. Não apenas por sermos o segundo país a emitir um selo postal, o “Olho-de-Boi”, em 1843, mas, também, por produzirmos, desde aquela época, algumas das peças postais mais belas do mundo, reconhecidas em diversas premiações.

O que pouca gente sabe é que, antes de um selo chegar até as agências dos Correios e sair estampando cartas ou ser admirado pelos apaixonados pelo mundo filatélico, muita coisa acontece durante os meses anteriores: pesquisas, reuniões, desenvolvimento de briefing, projeto, produção, testes e edição final.

Emissões consideradas “rápidas” demandam em torno de três meses entre pesquisa e edição, enquanto outras podem levar até 12 meses para serem concluídas. Algumas levam um tempo maior na definição do parceiro; outras, na escolha da representação do motivo ou do estilo da arte, por exemplo. Confira abaixo mais detalhes desse processo:

Pesquisas e parcerias

Quando o tema de um selo é definido, seja porque foi aprovado pela Comissão Filatélica Nacional (CFN) ou faz parte de outras emissões previstas pelos Correios, a equipe da área de Filatelia entra em campo para que a ideia seja traduzida em uma imagem.

Dependendo do assunto, o universo que o tema do selo abrange é muito amplo e requer vários debates e ajuda de especialistas. “Por isso, buscar parceiros que nos ajudem a aprofundar o assunto é o primeiro passo”, complementa Mayra Guapindaia, historiadora dos Correios que trabalha na área da Filatelia. Em alguns casos, quando os familiares são os detentores dos direitos autorais da obra do homenageado, essa identificação é mais fácil.

Selo em homenagem aos 100 anos do nascimento de Clarice Lispector.

Foi esse o caso das emissões em homenagem ao centenário de nascimento da escritora Clarice Lispector, lançada em setembro do ano passado, e “Auto da Compadecida”, em junho deste ano. Em ambas, as famílias prontamente se dispuseram a ajudar, não apenas na liberação do uso de imagens, como também na elaboração dos textos dos editais e das artes que estamparam os selos.

No selo de Clarice, o processo foi ainda mais peculiar porque o filho da escritora, Paulo Valente, trouxe a informação de que Mariana, neta da acadêmica, é ilustradora e poderia fazer a arte, sem custo para os Correios. “Fiquei imensamente feliz com a oportunidade para ilustrar minha avó. Construí o seu rosto e o fundo do selo a partir de envelopes e retalhos de cartas que eram dela, como forma de demonstrar a sua paixão por correspondências”, conta Mariana.

Emissão “Auto da Compadecida”.

Na peça em homenagem à obra de Ariano Suassuna, o trabalho de pesquisa da Filatelia foi fundamental. “Encontramos uma bela capa de edição do Auto da Compadecida, com a imagem de Nossa Senhora feita por Zélia, esposa de Ariano. Então, nada mais justo do que ter a arte do selo feita pela musa inspiradora do autor da obra”, lembra Rosângela.

Os elementos da estética armorial, criada por Ariano, que ilustram o selo foram feitos pelo artista plástico Dantas Suassuna, filho do escritor, e pelo comunicador visual Ricardo Gouveia, amigo de longa data da família.

Técnicas de ilustração

Na hora de definir a técnica a ser empregada na arte de um selo, o olho clínico de quem entende do assunto faz a diferença. A designer Jamile Sallum explica como tem sido o seu atual processo criativo para ilustrar a série “Insetos Benéficos”, emissão especial do Mercosul, com lançamento previsto para outubro deste ano. A temática macro do selo é um tema amplo, que demandou um processo criativo mais aprofundado. “Borboletas, por exemplo, são bonitas por si só. Uma bela fotografia pode expressar a beleza de uma espécie, sem que precise acrescentar nada mais”. Porém, em outros temas, recursos como técnicas vetoriais, ilustrações por computador, podem ser necessários.

Sempre que possível, a equipe de Filatelia também conta com artistas que emprestam seu talento para a elaboração das artes dos selos. “Pode ser uma aquarela, um trabalho de colagem, grafite, vai depender muito do motivo”, explica Jamile. Para isso, a a área possui um cadastro atualizado de artistas que são convidados para as edições.

Fonte de conhecimento

Emissão “Presença Holandesa no Brasil” .

Basta uma leitura mais atenta dos editais de lançamento dos selos para se ter ideia da dimensão da riqueza de conhecimento que cada emissão representa. Não por acaso, é comum encontrá-los em teses de mestrado e doutorado. “Saber que um edital de uma emissão pode se tornar referência iconográfica aumenta ainda mais nossa responsabilidade”, salienta a designer Jamile. É o caso da emissão “Presença Holandesa no Brasil”, citada na tese do mestrado de Eliane Martins Donda, em 2010.

Para a analista Christina Dutra, que compõe a equipe da Filatelia, lidar com universos de temas tão diversos, como fauna, literatura, música, instituições e países, tem sido uma experiência transformadora. “Somos imersos no ambiente de cada emissão de forma tão profunda que passamos a ter interesse por aqueles temas pelo resto da vida”, explica a publicitária que descobriu na área da filatelia um mundo novo.

Neste 1o de agosto, celebramos o “Dia Nacional do Selo”. Confira abaixo o vídeo especialmente produzido para a data e saiba muito mais sobre o universo da Filatelia, acessando o blog: https://blog.correios.com.br/filatelia/

Troca de cartas ganha adeptos durante pandemia

A publicitária Mariana Carolina Carneiro é a idealizadora do grupo de trocas de cartas Envelope de Papel. Foto: Divulgação/Correios

Em tempos de distanciamento social, a necessidade de encontrar outras formas de se conectar com as pessoas se torna cada vez mais pulsante. Na contramão das comunicações digitais, tão impalpáveis quanto instantâneas, um hábito por muitos já esquecido tem conquistado novos adeptos: a troca de cartas – um hobby que, curiosamente, se dissemina nas redes sociais, amenizando a solidão do confinamento.
 
A troca de cartas é capaz de trazer muitos benefícios, como explica Mariana Carolina Carneiro, 23 anos, publicitária, idealizadora do grupo de trocas de cartas Envelope de Papel, que tem quase 2 mil participantes cadastrados de todos os lugares do Brasil e até de outros países. “Esse hobby ajuda a exercer a paciência, já que as cartas não possuem a instantaneidade dos aplicativos e redes sociais, e exigem do destinatário esperar dias e até meses para receber sua correspondência. Também estimula a criatividade, além de promover um carinho especial entre os participantes”, destaca.

Para a mineira da cidade de Santa Luzia, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, receber uma carta cheia de carinho é um ato de amor dedicado, muitas vezes, a uma pessoa que você nunca viu. “Cartas transmitem uma mensagem mais sincera e carinhosa do que um e-mail ou texto em aplicativos como WhatsApp e Telegram. Além disso tudo, ainda há a chance de criar amizades verdadeiras através do papel e caneta”, explica.
 
De acordo com a publicitária, durante a quarentena, houve um aumento significativo de inscrições no grupo. “Começamos o ano de 2020 com menos de 600 participantes e entramos em setembro com mais de 1800. O interesse pela troca de cartas, para muitas pessoas, começou justamente durante a pandemia”, informa. Mariana conta que se inspirou no seu pai, que nas décadas de 80 e 90 trocava cartas com pessoas de vários países, para criar o Envelope de Papel. “Ele me incentivou a procurar grupos que ainda mantinham esse hobby; e, em 2017, resolvi criar meu próprio clube e ser uma ponte segura e fácil para a troca de cartas entre as pessoas”.
 
E foi nesse clube criado pela publicitária mineira que Lidiane Marques Barbosa, instrutora da seção de treinamento dos Correios de Goiás, conseguiu retomar sua antiga paixão, em fevereiro deste ano. “A escrita de cartas já faz parte da minha vida desde os 13 anos, quando comecei a trocar cartas por meio de uma seção do Jornal O Popular. Nessa época, eu mantinha cerca de 40 correspondentes do Brasil e do exterior. Conservei essas amizades até entrar na universidade, mas muitos se mudaram e fomos perdendo o contato. Nos anos seguintes, tive apenas alguns correspondentes esporádicos, que encontrei nas redes sociais”, comenta Lidiane.

Lidiane Marques Barbosa: paixão por cartas e pelos Correios. Foto: Divulgação/Correios
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1° DIA MUNDIAL DO POSTAL
Um dia para celebrar os postais

Alegria das caixas de correio, o cartão-postal acaba de ganhar seu lugar cativo no calendário. Neste 1° de outubro será celebrado, pela primeira vez, o Dia Mundial do Postal, data que em foi emitido, em 1869, os primeiros postais, pelos correios da Áustria. A iniciativa de criar o marco foi do PostCrossing, um tipo de rede social que conecta milhares de pessoas em todo o mundo por meio dos postais.

Saiba como participar do Postcrossing

O idealizador do Postcrossing, o português Paulo Magalhães, conta que a ideia da data surgiu a partir do sucesso das comemorações dos 150 anos dos postais, no ano passado. “Queremos que mais pessoas – e não só os postcrossers – se juntem a essa celebração mundial de felicidade, enviando postais a amigos, familiares, colegas de trabalho ou até a desconhecidos. O prazer de receber um postal é universal, especialmente nestes dias difíceis, em que todos precisam de mais sorrisos e saber que alguém se lembra de nós”, ressalta.

Com as hashtags #PostcardRevolution2020 e #WorldPostcardDay, o movimento ganhou um site que reúne eventos e atividades previstas para todo o mês de outubro, em vários países. O espaço também indica formas de se engajar às celebrações, como imprimir o postal oficial da data e enviá-lo, além de oferecer planos de aulas para professores ensinarem seus alunos a escrever os primeiros postais e a aprender como os correios funcionam. Disponíveis em diversas línguas, inclusive o português, as atividades podem ser adaptadas a diferentes níveis de ensino.

Postal oficial do Word Postcard Day

O movimento também incentiva museus em todo o mundo a exporem suas coleções ou realizar uma mostra comemorativa. No Brasil, o Museu Correios preparou a exposição virtual “Santuários Verdes Brasileiros”, que reúne selos de parques ecológicos do país. Por meio de um cartão-postal virtual, a mostra também transmitirá uma mensagem especial aos visitantes.

A DebutPex 2020, primeira exposição de postais on-line da Índia, também foi um evento criado especialmente para comemorar o Dia Mundial do Postal. Por meio de uma plataforma virtual, qualquer pessoa que ame, escreva ou colecione postais poderá mostrar os seus, seja para apresentar um diário de viagem ou narrar uma história temática. A iniciativa foi criada por membros do Postcrossing na Índia e sociedades filatélicas do país.

Hobby democrático

Neste 1° de outubro, a celebração não é apenas dos colecionadores de postais, mas de todos que já viveram a experiência de enviar ou receber esses papéis ilustrados com uma imagem, poucas palavras e muito significado.

A advogada Fernanda Besagio coleciona cartões-postais

Ao saber da criação da data, a advogada e blogueira Fernanda Besagio, de São Paulo (SP), logo resgatou sua coleção de cartões-postais para compartilhar nas suas redes sociais. A experiência de trocar cartas na adolescência em clubes de correspondências a levou para o universo dos postais, que hoje lhe rendem caixas bem guardadas e boas recordações.

“Tenho muitos cartões postais do Brasil e do mundo, que eu guardo com muito carinho. Por falta de tempo, deixei de me corresponder com as pessoas, mas pretendo voltar com esse hobby. É muito gostoso e rende muitas histórias também”, destaca a advogada.

Que tal aproveitar a data e enviar um postal para alguém que você gostaria de abraçar hoje? Basta ir na agência dos Correios mais próxima da sua casa ou adquirir os postais na nossa loja virtual.

Leia mais: Rede de cartões-postais conecta pessoas em todo mundo

DIA DO SELO
O pequeno notável

Você sabia que o Brasil foi o segundo país no mundo a lançar um selo? Foi em 1° de agosto de 1843, quando entrou em circulação a primeira emissão postal brasileira, chamada de Olho de Boi, uma das mais raras do planeta. Para marcar a data, os Correios lançam neste sábado (1°), selo personalizado que celebra o pequeno comprovante de pagamento de correspondências que revolucionou a história das comunicações.

Já disponível para venda na loja virtual dos Correios, a peça evidencia, por meio de doodles – tipo de esboço ou desenho realizado ao acaso, como um fluir de pensamentos -, as inúmeras inspirações que podem se transformar em emissão filatélica. Afinal, tem selo pra tudo.

Nesses 177 anos de filatelia no Brasil, esse pedacinho de papel, muitas vezes premiado e reconhecido pela qualidade artística e temática, também se tornou um veículo para contar histórias, homenagear pessoas, culturas, artes, esportes, marcar descobertas científicas, incentivar uma boa causa, entre outros tantos assuntos.

1/8/1943: primeira homenagem aos Olhos-de-Boi e ao selo brasileiro

Os selos lançados em 1900, por exemplo, marcam os 400 anos do descobrimento do Brasil. Uma outra emissão de 1930 celebra o primeiro voo comercial entre Brasil e Europa. Muitos dos temas notáveis, eternizados, são propostos pela população.

Antigamente, as ideias chegavam por cartas mas, hoje, as sugestões podem ser registradas no site dos Correios. Basta clicar em Filatelia, depois em Emissões Postais ir em “Sua ideia pode virar selo”. Se não tiver cadastro, é só fazer na hora. Todas as propostas são avaliadas e passam pelo crivo da Comissão Filatélica Nacional (CFN).

“A partir da participação da sociedade, conseguimos enriquecer as temáticas das emissões filatélicas e perceber quais assuntos são importantes, naquele momento, para a sociedade. É comum um mesmo assunto ser sugerido por várias pessoas, de muitos lugares diferentes”, explica a gerente de Filatelia dos Correios, Luciana Ramos.

E você? Que tal enviar uma sugestão? Quem sabe a sua ideia também pode virar selo.

DISTANCIAMENTO SOCIAL?
Rede de cartões-postais conecta pessoas em todo o mundo

Em tempos de isolamento social, encontrar meios tangíveis de se conectar com pessoas nunca foi tão necessário. Imagina abrir a sua caixa de correio e se surpreender com uma mensagem carinhosa escrita à mão, por alguém do outro lado do mundo, especialmente para você? Essa é a proposta do Postcrossing, um tipo de rede social criada para interligar pessoas através de cartões-postais, que neste 14 de julho completa 15 anos. Para celebrar a data, os Correios lançaram um selo especial em homenagem ao projeto.

Por meio da plataforma digital, desenvolvida pelo português Paulo Magalhães em 2005, mais de 57 milhões de cartões-postais foram recebidos por quase 800 mil pessoas em 206 países. Um verdadeiro intercâmbio cultural, entre letras cursivas e monumentos históricos escolhidos a dedos, de onde também nascem laços de amizades e trocas de afeto.  

O criador do Postcrossing acredita que as ferramentas digitais não substituem e não possuem o mesmo significado de receber mensagens por cartões-postais. “Quase ninguém imprime um e-mail ou uma mensagem de Whatsapp — mas um postal ganha lugar na porta da geladeira lá de casa ou na parede do nosso quarto — ou até no nosso local de trabalho”, ressalta.

A cada postal enviado, recebe-se um de volta. Mas o que o torna o processo mais interessante é que não é escolhido para onde será enviado, nem de onde se recebe — é a plataforma que decide aleatoriamente.

O paulista Carlos Ramalho de Guaraci é um dos mais de 9 mil membros brasileiros inscritos na plataforma. Entre os postais que recebeu destaca um cartão da Finlândia com 30×20 cm. “Era um postal em formato de cogumelos, que nem coube na minha caixa postal”, relembra. Segundo ele, mesmo não sendo o intuito principal do projeto, já fez muitas amizades pelo Postcrossing. “Esse ano recebi a vista de uma portuguesa que vive na Alemanha. Eu iria retribuir a visita no início do próximo ano, mas adiei devido à pandemia”, conta Carlos.

O surto de coronavírus provocou mudanças também para o Postcrossing.  Embora muitos países, como o Brasil, considerem os serviços postais como essenciais, houve restrições em alguns correios. Se por um lado a troca de postais foi afetada pela suspensão de voos de passageiros, a procura pelo hobbie aumentou durante a pandemia.

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