Mandala e as transformações na relação entre o homem e o cosmos

Os Correios colocam em circulação nesta quinta-feira (19) a emissão que reúne todos os signos em formato de mandala, com o objetivo de coroar a série de selos dos signos do zodíaco, lançados ao longo de 2019 e início de 2020.

Como os demais selos da série, a arte é de autoria de Adriana Shibata, que utilizou a técnica de ilustração digital. A emissão é composta por 04 selos com valor facial de 1º Porte Carta Comercial (R$8,20 a folha). A folha estará disponível nas principais agências de todo o país e na loja virtual dos Correios.

Mandala zodiacal

“Mandala” tem origem do sânscrito e seu significado pode ser traduzido para “círculo”. Sua utilização em práticas espirituais já era observada desde o século VIII, na região do Tibete, onde a mandala, conforme a tradição budista, era considerada uma janela para o autoconhecimento e para a compreensão do cosmo.

Astronomia e Astrologia já foram uma única ciência, diferentemente dos dias de hoje. Os astrônomos da antiguidade, acreditando no poder dos astros de reger e influenciar aspectos da vida, dividiram o céu em 12 partes, considerando a órbita dos planetas observada a partir da Terra. Para cada parte atribuíram um signo, de acordo com a constelação avistada naquela determinada região do céu.  

Por volta do século XVI a.C., os astrólogos babilônios, utilizando o círculo de 360 graus (um zodíaco de 12 signos similares aos de hoje), desenvolveram efemérides (tábuas de dados astrológicos) que listavam as posições planetárias e eclipses. Mil anos depois, criaram o conceito de astrologia natal, que era visto como um previsor da vida de uma pessoa. O mapa astral, também em formato de mandala, reúne todas as informações profundas e inspiradoras sobre um indivíduo e sua personalidade.

Astrologia como representação do mundo

A versão astrológica dos acontecimentos é uma maneira de interpretar a vida e os fatos do mundo, tanto no passado quanto no presente, além das previsões futuras. Não é uma ciência exata, visto que toda interpretação pode estar sujeita a erros, mas pode ser útil se compreendida como elo criativo para a leitura do mundo. Por meio deste olhar, astrólogos afirmam que a conjunção astral atual se assemelha a momentos chaves da história, como a Revolução Francesa, em fins do século XVIII, ou a epidemia de Peste Negra na Europa, no século XIV.

De acordo com os astrólogos, há uma rara conjunção dos planetas Júpiter, Saturno, Plutão e Marte em Capricórnio. Esses quatro planetas são representados por deuses fortes e voluntariosos. Capricórnio, por sua vez, é um signo conservador, voltado para a manutenção de instituições e sistemas. Além disso, em 22 de março, Saturno sairá de Capricórnio e entrará em Aquário o que acarretará novos movimentos de mudanças radicais. Por fim, o posicionamento de Urano no céu indica que a rápida movimentação de informações e de tecnologia são primordiais nesse momento.

Essa conjunção, em tempos de pandemia, a exemplo da atual do vírus Covid-19, pode ser vista como uma forma de compreender o que estamos vivendo. São representadas grandes mudanças e a necessidade de transformações mundiais, tanto no sistema de saúde quanto econômico, para que assim possamos enfrentar a crise. Além disso, a velocidade de informação, as descobertas científicas e tecnológicas, simbolizadas por Urano, podem ser vistas como uma forma de superar rapidamente a crise.

O que os observadores dos astros nos dizem, por meio de um olhar fértil voltado para o céu, é algo talvez corriqueiro: sociedades passam por grandes transformações ao longo do tempo, o movimento humano é o que faz existir a história. Momentos de crises sanitárias já ocorreram anteriormente e a grande diferença do presente é que estamos, mais do que nunca, preparados cientificamente para superar o problema de forma rápida.

Publicado em Filatelia, Programação Filatélica 2019, Programação Filatélica 2020 | Deixar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *