Texto por Mayra Guapindaia
Iniciadas em de 1851, as Exposições Universais, atualmente conhecidas como “Expo”, tinham o propósito de atuar como “vitrines do progresso e da modernidade”, tal como eram compreendidos no século XIX. Este tipo de mostra pública com a reunião de vários países em pavilhões, foi criado pela Grã-Bretanha, que à época se configurava como o maior império mundial, com o domínio de diversos territórios ao redor do globo. Era um grande evento para mostrar o aperfeiçoamento do território britânico, a partir da mostra de seus manufaturados provenientes da indústria, bem como desenvolvimento na área científica. A feira se baseava em uma ideia específica e eurocêntrica de progresso, associada sobretudo ao domínio territorial, ao avanço tecnológico, bem como padrões culturais específicos, entendidos como construtores da civilização.
Para os países então percebidos à época como menos desenvolvidos, tomar lugar nas feiras mundiais significava uma oportunidade para se afirmar no rol das grandes nações. Este certamente foi o caso do Brasil na participação das exposições durante o século XIX e início do XX. O país teve sua estreia na Expo de 1862, em Londres, na qual procurou se colocar enquanto nação atrelada à monarquia de D. Pedro II. A imagem a ser construída no pavilhão brasileiro era de um país estável, dotado de inúmeros recursos naturais, mas também com avanços significativos na área industrial e tecnológica. Em 1922, o Brasil recebeu sua primeira Expo, na então capital do país, o Rio de Janeiro. A feira foi vista como oportunidade para demonstrar os avanços do regime republicano, no poder desde 1889, bem como comemorar os progressos industriais e de tecnologia no momento oportuno de comemoração do centenário da Independência.
Os selos postais, por serem objetos textuais-imagéticos com grande poder de circulação, especialmente dentre o século XIX e XX, foram utilizados pelo Brasil para divulgar as Exposições Universais e assim marcar, por meio de um documento oficial do Estado, a importância do evento. Os selos expostos a seguir compreendem um período que vai de 1922 a 2000. As imagens demonstram as ideias acerca de progresso desenvolvidas no Brasil ao longo do tempo e é possível perceber grande variação deste conceito com o passar das décadas. Em 1922 percebemos selos voltados para a história da nação e dos grandes homens, bem como o enaltecimento do regime republicano. Já em anos mais recentes como 1998 e 2000 é notável o enfoque em questões voltadas para o desenvolvimento sustentável e percepção da necessidade de cuidados na interação entre homem e meio ambiente.
Neste ano de 2021, o foco do pavilhão do Brasil na Expo Dubai 2020 é a importância das águas, sobretudo dos rios, para a história e o desenvolvimento do Brasil. No interior do pavilhão, o ambiente alagado de fundo escurecido procura evocar o Rio Negro, fluxo aquático de extrema importância ao longo do tempo para questões de comunicação, de defesa territorial e da sobrevivência de comunidades tradicionais que habitam suas margens.
Boa tarde, gente. Antes de mais nada parabéns pela manutenção e qualidade desta seção. Venho aqui hoje com o intúito de saber se tem algum filatelista querendo trocar selos. Moro em Campo Grande, no rio de Janeiro e tenho muitos selos repetidos, novos e usados. Como todos sabem, está bem difícil encontrar um filatelista perto de nossa casa para trocarmos selos. Temos que reavivar esta prática para que os selos circulem e talvez até consigamos novos colecionadores. Abraço em todos. Grato.