50 anos da ferrovia Trans-Australiana são marcados com selo

O correio australiano colocou em circulação no último dia 11 de fevereiro um selo para marcar o 50º aniversário da ferrovia transcontinental de bitola única, que revolucionou as viagens ferroviárias e trouxe mais conforto aos passageiros que atravessam aquele continente.

Entusiasta dos trens e aficionado por história e coleções, o gerente da Filatelia da Austrália, Michael Zsolt, disse que o selo celebra o aniversário de um marco importante na história ferroviária da Austrália.

O serviço de transporte de passageiro transcontinental foi chamado de Indian Pacific em homenagem aos dois oceanos ligados por ele. “Hoje ele vai de Sydney a Perth via Adelaide, uma viagem a 70 km por hora e 4,352 quilômetros de distância que incluem o maior trajeto de trilhos do mundo – 478 quilômetros – ao longo da planície de Nullarbor”, diz Zsolt.

Antes de 1970, a variação na bitola (largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos ou carris em uma via férrea) dos trilhos de um estado para outro obrigava mercadorias e passageiros que seguiam de Sydney para Perth a mudar várias vezes de trem, resultando em atrasos e viagens inconvenientes.

Em 1930, com o acordo e a colaboração da Comunidade das Nações (organização intergovernamental composta por 53 países membros independentes) e de governos estaduais, ocorreu a padronização das bitolas ferroviárias interestaduais, resultando em uma linha ferroviária consistente de Sydney a Perth.

O primeiro serviço de frete transcontinental direto partiu de Sydney para Perth em 12 de janeiro de 1970. No mês seguinte o serviço inaugural de transporte de passageiros percorreu a mesma rota, saindo de Sydney no dia 23 de fevereiro de 1970.

O selo de tarifa básica, criado por Jamie e Leanne Tufrey, retrata a viagem inaugural do trem de passageiros do Indian Pacific, com as locomotivas diesel-elétricas da classe L da Austrália Ocidental 260 e 261, que levaram o trem para a estação leste de Perth, em 26 de fevereiro de 1970.

O selo e os produtos associados estão disponíveis on-line em austpost.com.au/stamps, enquanto durarem os estoques.

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Astronomia e exploração espacial no universo filatélico

Mayra Guapindaia

O desejo de voar e conquistar os céus e o espaço é antigo. A admiração pelo cosmos surgiu praticamente junto com a humanidade. Já na Grécia antiga, o mito de Dédalo e Ícaro expressa esta vontade. Para escapar de um labirinto, Dédalo e seu filho Ícaro construíram pares de asas para atravessar o mar Egeu. Ícaro, contudo, cedeu à curiosidade e voou mais alto em direção ao sol. A proximidade com o calor fez com que a cera de suas asas derretesse e ele caísse no mar.

A literatura foi uma das formas de expressar o anseio de explorar o desconhecido. O escritor francês Júlio Verne ficou famoso por seu livro “Da terra à lua” (1865), no qual idealizou a conquista do satélite natural pelos Estados Unidos. Nesta obra, Verne afirma que “agora vamos à lua, e ainda havemos de ir aos planetas, ainda havemos de ir às estrelas, como se vai hoje de Liverpool a Nova Iorque, com facilidade, rapidez e segurança”(VERNE, 2019, pos.3076). Paralelo à ficção, as descobertas científicas eventualmente permitiram ao homem alcançar o que almejava.

O universo e sua exploração pelo homem foram frequentemente estampados em selos postais. Além de representar um momento histórico, a filatelia pode ser considerada um instrumento útil para a divulgação da astronomia no ensino básico. A difusão da ciência por parte dos selos postais é uma maneira de auxiliar na construção de uma “cultura científica” junto à sociedade, contribuindo, assim, para o exercício da democracia (SALCEDO, 2010, p.41). Isso porque os selos postais são um meio pouco usual de comunicação cujo se alcance estende além das fronteiras materiais e culturais. (PENEREIRO, 1997, p.1).

A corrida espacial e a divulgação em selos

Foi no período da Guerra Fria e, especificamente, da corrida espacial (1957-1975), polarizada entre URSS e Estados Unidos, que a tecnologia rumo ao espaço avançou significativamente, como modo de mostrar o poderio político, econômico e militar das duas potências mundiais. Nesse mesmo contexto, começaram a surgir selos de diversos países que divulgaram essas empreitadas espaciais e que demonstram os avanços do conhecimento científico e os homens e mulheres que fizeram parte desse momento histórico. Mas os selos também eram uma forma de demonstrar apoio político ou subordinação por parte de outros países a um dos polos no qual o mundo então se dividia. Por isso, conhecer a história dos selos postais é, também, conhecer as formas de pensar de uma época.

Neste período, o envio de cartas e outros documentos escritos era recorrente no cenário mundial, pelo que o selo postal realmente cumpria o papel de divulgador de uma determinada visão da cultura e história de um país para o resto do mundo. Assim, os selos com motivos astronômicos e sobre os avanços tecnológicos da corrida espacial eram demonstrações, tanto do polo capitalista quanto soviético, do poderio de cada um nesta área.

No caso brasileiro, os selos postais também demarcam a inserção do país nesta questão. Em 1961, o Comando-Geral da Tecnologia Aéreo Espacial (CTA), ao qual está subordinado o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi o primeiro a desenvolver projetos para o lançamento de foguetes. Nesse mesmo período é criada Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Cnae), de onde posteriormente surgiria o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os projetos pioneiros para construção de foguetes Sonda foram idealizados pelo Comando-Geral de Tecnologia Espacial (CTA).

Revelando o alinhamento do regime militar brasileiro ao polo estadounidense, o primeiro lançamento, de um foguete americano, o Nike Apache, foi feito em 1965 no Centro de Lançamento Barreira do Inferno – Natal/RN. Os selos postais brasileiros desta época e de períodos posteriores demonstram estes acontecimentos.

Um selo recente que rememora este período é “Homenagem à chegada do Homem à Lua”, lançado em 2019.

Santos Dumont como símbolo da conquista espacial brasileira

No início do século XX, o sonho de voar começa se a tornar realidade. Data desse período a invenção de aeronaves. Os irmãos Wright conseguiram desenvolver aviões que decolavam com o impulso do vento ou de catapultas. Contudo, foi o brasileiro Alberto Santos Dumont o responsável por fazer um voo em uma aeronave que possuía meio próprio de propulsão. Em 1906, o 14-Bis voou pela primeira vez em Paris. Santos Dumont foi diversas vezes homenageado em selo e, inclusive, sua figura como conquistador dos ares foi associado ao posterior avanço para o cosmos.

Na representação imagética e simbólica, Dumont foi apreendido socialmente como “precursor natural” dos avanços espaciais.  Em 1969, um selo brasileiro que marca a chegada do homem à lua traz a figura do aviador. Além disso, essa associação foi feita não só em selos postais, mas pelo próprio programa espacial brasileiro. Em 2006, a Missão Centenário, que levou o primeiro astronauta brasileiro ao espaço, foi assim chamada devido às comemorações do centenário do voo do 14-bis. Ela, inclusive, foi marcada com selo postal aonde a aeronave é representada juntamente com a base espacial.

Marcos César Pontes, piloto da Força Aérea Brasileira e engenheiro pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), foi escolhido para receber treinamento pela NASA e representar o Brasil em missões espaciais. Em 2006, em cooperação com o governo russo, Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a viajar para uma Estação Espacial Internacional. Marcos Pontes foi conduzido ao foguete Soyuz (“união” em russo) por Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ir para o espaço. O selo de 2006 foi lançado em órbita, na Estação Espacial, por Pontes.

Astronomia: o estudo do espaço em selos postais

Na mesma época em que os selos postais começaram a representar as inovações tecnológicas que levaram o homem ao espaço, também se multiplicaram os selos que retratavam o universo, os astros e os seus estudiosos. Ou seja, no período da corrida espacial e após o mesmo, o interesse por estes temas aumentou, sendo que a filatelia acompanhou esta tendência.

Um exemplo é Nicolau Copérnico, astrônomo e matemático que concebeu a teoria do heliocentrismo, que coloca o sol como o centro do sistema solar. No século XVI, época em que Copérnico viveu, a teoria mais aceita era a do geocentrismo, segundo a qual a terra era tida como centro. Sua descoberta foi extremamente importante para a concepção atual do sistema solar e é considerada o início da astronomia moderna. Foi homenageado filatelicamente por 55 países, dentre eles o Brasil, pelos 500 anos do seu nascimento.

No caso brasileiro, a partir dos anos 1960 a participação do governo em políticas espaciais aumentou também o incentivo à pesquisa nesta área. O Observatório Nacional, responsável por estudos em astronomia e astrofísica, passou a ser subordinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 1976 e, assim, estar fortemente ligado ao desenvolvimento do tema. E esta instituição foi homenageada na filatelia pelo advento do seu sesquicentenário em 1977.

O Observatório Nacional foi responsável por organizar a infraestrutura necessária para que o eclipse solar de 29 de maio de 1919 fosse observado por uma expedição britânica. Este evento foi recentemente homenageado em selo postal. Henrique Morize, diretor do Observatório, elegeu Sobral/CE como ponto de observação.

Por fim, o último destaque de selos postais sobre astronomia é a recente emissão “Sistema Solar”, que entrou em circulação no dia 29/2/2020. Esta emissão foi feita em parceria com o Observatório Nacional e possui edital assinado pelo pesquisador Fernando Roig. Assim, os Correios confirmam seu compromisso em divulgar a ciência em geral e a astronomia em particular aos colecionadores e ao público em geral.

Referências Bibliográficas

NOGUEIRA, Salvador; FILHO, José Bezerra Pessoa; SOUZA, Petrônio Noronha de. Astronáutica: ensino fundamental e médio. Brasília: MEC, SEB ; MCT ; AEB, 2009.348 p.–: il. – (Coleção Explorando o ensino ; v. 12)

PENEREIRO, Júlio César. A filatelia como forma de divulgação da Astronomia. Caderno Catarinense do Ensino de Física, v.13, n.1, 1997, p.64-82.

SALCEDO, Diego Andres. A ciência nos selos postais comemorativos brasileiros: 1900-2000. Dissertação (mestrado). UFPE, 2010, 163p.

VERNE, Júlio. Da Terra à Lua. Edição do Kindle. Editora Mimética: 2019.

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Pela primeira vez Sistema Solar é retratado em selos brasileiros

Os Correios colocaram em circulação neste sábado (29) bloco de selos com o tema “Sistema Solar”. A data foi escolhida em razão de 2020 ser um ano bissexto, ou seja, tem 366 dias (o 29 de fevereiro a mais, excepcionalmente). O fenômeno, que ocorre, de quatro em quatro anos, acontece pela quingentésima quarta (504ª) vez em 2020. Os eventos de lançamento em Brasília e no Rio de Janeiro serão divulgados em breve.

Esta é a primeira vez que a filatelia brasileira retrata o Sistema Solar. Por meio desta emissão, os Correios esperam contribuir para divulgar amplamente o conhecimento sobre este assunto de grande importância para o mundo científico e para toda a humanidade.

Sobre o selo

A emissão Sistema Solar é composta por uma folha com nove selos representando o espaço sideral, com muitas estrelas, nebulosas coloridas ao fundo e o nosso sistema em primeiro plano. O valor de cada selo varia de R$ 0,20 a R$ 2,25, totalizando R$ 12,25. A tiragem é de 450 mil selos.

O desenho dos planetas, suas cores e texturas foram criados com base em referências da Nasa. À esquerda aparece o Sol e, em sequência, respeitando a ordem das órbitas dos planetas, aparecem Mercúrio, Vênus, Terra e Lua, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Na criação do bloco, o designer Meik utilizou a técnica de arte digital. Já no processo de impressão o diferencial ficou por conta do verniz localizado aplicado sobre as órbitas dos planetas.

Os selos podem ser adquiridos nas principais agências dos Correios, na loja virtual (www.correios.com.br/correiosonline) ou na Agência de Vendas a Distância – Av. Presidente Vargas, 3.077 – 23º andar, 20210-973 – Rio de Janeiro/RJ – telefones: (21) 2503-8095/8096; e-mail: centralvendas@correios.com.br.

Sistema Solar

O Sistema Solar, que se estima tenha 4,6 bilhões de anos, originou-se a partir de uma nuvem molecular que entrou em colapso e formou o Sol, com um disco remanescente em volta a partir do qual se geraram os demais corpos. Sua estrutura tem sido objeto de estudo desde a antiguidade, mas apenas no século XVI foi reconhecido que o Sol, e não a Terra, está no centro.

Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa astronômica tem possibilitado uma melhor compreensão da origem e evolução do nosso sistema, que é constituído pelo Sol e todos os corpos celestes que o orbitam, seja em forma direta, como os planetas e outros corpos menores, ou em forma indireta, como os satélites naturais. Trata-se de um sistema dinâmico em que os corpos estão continuamente interagindo entre si, principalmente através da força da gravidade.

Hoje em dia, o Sol e todos os planetas têm sido visitados por pelo menos uma sonda espacial, seja orbitando-os ou descendo na sua atmosfera ou superfície. Vênus e Marte são os que detêm o recorde de visitas. Sondas também têm visitado alguns satélites, particularmente a Lua, com mais de 70 missões acumuladas, além de 2 planetas anões, 15 asteroides e 8 cometas. A exploração espacial tem permitido obter detalhes sem precedentes, através de imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada.

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Romênia lança selos da Fauna Polar

Os Correios da Romênia dedicam aos apaixonados pela fauna a nova emissão postal intitulada Fauna Polar, em circulação desde 28 de janeiro de 2020. O tema Fauna está no topo das preferências dos colecionadores de selos postais, que poderão acrescentar às suas coleções quatro espécies polares.

O lobo-do-ártico (Canis lupus arctos), apresentado no selo com valor facial de Lei 1.80 (cerca de R$ 1,76), pertence à familia Canidae e é uma subespécie de lobo cinzento que vive na parte norte da América do Norte. A subespécie equivalente no norte da Ásia é o lobo siberiano (Canis lupus albus), que se distingue por seu pelo branco. Desde 1930, tem havido uma redução progressiva do tamanho do crânio do lobo-do-ártico, provavelmente resultante de hibridização cão-lobo. A cor do seu pelo garante uma boa camuflagem na neve. Ele tem entre 63 e 79 cm de altura, pesa cerca de 45 kg e pode chegar até 1,5 m de comprimento.

A coruja-das-neves (Bubo scandiacus), ou coruja-do-ártico, que ilustra o selo com valor facial de Lei 2 (cerca de R$ 1,96), pertence à ordem dos Strigiformes, família Strigidae. Ela é tipicamente encontrada no norte da região circumpolar. O comprimento do corpo das fêmeas varia entre 55 e 73 cm e o peso vai de 1,6 a 3 kg, com uma envergadura acima de 170 cm, enquanto os machos são menores: o comprimento do seu corpo varia de 51 a 65 cm. O peso do macho pode variar entre 1,4 a 2 kg e sua envergadura vai de 125 a 150 cm, aproximadamente. A fêmea é mais larga, branca com mais manchas pretas na pelagem. Já o macho é menor e quase todo branco.

A raposa-do-ártico (Vulpes lagopus), cuja imagem está reproduzida no selo com valor facial de Lei 7 (cerca de R$ 6,86), é um mamífero carnívoro da ordem Carnivora, família Canidae. Ela vive nas regiões de tundra polar. O animal, muito bem adaptado ao clima frio, tem um pelo grosso e a sola das patas cobertas de pelo. A raposa-do-árticotem entre 65 e 90 cm de comprimento, 30 cm de altura e peso de 5 kg. As fêmeas são quase tão largas quanto os machos. Raposas-do-árticotêm nariz e orelhas curtas. Sua cor varia de acordo com a estação do ano, com pelo preto nas costas e pernas marrons durante o verão e branco ou branco acinzentado no inverno, servindo de camuflagem. Pelos grossos permitem que sobrevivam a temperaturas muito baixas.

A lebre-do-ártico (Lepus arcticus) ou lebre-ártica, ilustrada no selo com valor facial de Lei 19 (cerca de R$ 18,62), é uma espécie de lebre da montanha altamente adaptada para viver na tundra Ártica e em outros biomas gelados. No passado, era considerada uma subespécie de lebre da montanha, mas os cientistas decidiram que deveria ser considerada uma espécie separada.

Este animal sobrevive a condições ambientais adversas devido ao seu pelo grosso e seu modo de vida particular – ele constrói poços embaixo da terra e ou embaixo da neve para dormir e se aquecer. A lebre-do-ártico se parece com coelhos, mas tem orelhas mais curtas, é mais alta quando fica em pé e, ao contrário dos coelhos, pode prosperar no frio extremo. Ela tem entre 55 a 70 cm de comprimento e pesa até 5,5 kg.

O álbum filatélico, limitado a 225 peças, vem com uma folha com 32 selos, um bloco com 4 selos não destacados, minifolha com 5 selos, etiqueta e dois envelopes de 1º Dia de Circulação com o carimbo do 1º Dia impresso em papel alumínio.

A emissão Fauna Polar está disponível no site http://romfilatelia.ro/store/.

Fonte: Public Relation Office – Romfilatelia

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Selo registra 100 anos da primeira medalha de ouro de um brasileiro em olimpíada

Brasília – Os Correios lançaram nesta quarta-feira (19), em Brasília, selo personalizado e carimbo comemorativo alusivos aos 100 Anos de Brasil nas Olimpíadas, na forma de homenagem ao tenente do exército Guilherme Paraense. Aos 36 anos de idade, o militar se tornou o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro em uma olimpíada, em 1920, nos jogos de Antuérpia, Bélgica. Paraense venceu a prova com pistola de tiro rápido no dia 3 de agosto, superando o favorito da modalidade, o americano Raymond Bracken, com uma diferença de apenas dois pontos: 274 contra 272.

A cerimônia de lançamento do selo e do carimbo aconteceu no salão nobre do Palácio do Planalto, com a presença do Presidente da República, dentre outras autoridades e convidados.

O selo estará disponível para encomendas nas agências dos Correios ou pela internet, na loja virtual www.correios.com.br/correios-online.

Sobre o selo


O selo personalizado do Centenário Olímpico retrata a trajetória vitoriosa do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. A pintura colorida simulando aquarela apresenta o primeiro medalhista de ouro do país: a imagem traz Guilherme Paraense segurando uma réplica da pistola Colt, utilizada por ele durante a conquista do título no tiro esportivo, na edição da Antuérpia, em 1920. A imagem apresenta também o alvo com as devidas marcas de tiros na pontuação original da conquista. Ao fundo estão a bandeira brasileira, símbolo nacional defendido por todos os nossos atletas, e a marca criada para celebrar o centenário olímpico.

O primeiro ouro olímpico brasileiro


Era a estreia do Brasil em Jogos Olímpicos. O país participou com delegação constituída por 22 atletas de diversas modalidades. Sete deles integravam a equipe de tiro esportivo, que trouxe três medalhas para casa, uma de ouro, uma de prata e uma de bronze.


Formada pelos Tenentes Guilherme Paraense e Demerval Peixoto, Dário Barbosa, Fernando Soledade, Mário Machado, Sebastião Wolf, e Afrânio Costa como chefe, a equipe iniciou a viagem para a Antuérpia a bordo do Navio Curvello, cedido pela Marinha Mercante.


Depois de quase um mês no navio, mal acomodados e tendo que treinar em alto mar, os atiradores, receosos de não chegar a tempo das provas, decidiram parar em Portugal e, de lá, seguir de trem para a Bélgica.


A saga da equipe brasileira de tiro não terminou ali. Depois de seguir viagem num vagão de trem aberto, de passar por problemas alfandegários com as armas e ainda ter parte da munição furtada, foi preciso fazer uma caminhada de 18 km até Baverloo, local onde seriam realizadas as provas.

Sensibilizados com a situação pela qual os brasileiros passaram, membros da equipe de tiro americana cederam uma parte de seu material (munição, alvos, pistola) para que os atiradores da equipe brasileira pudessem competir.

Assim, em 2 de agosto de 1920, Afrânio Antônio da Costa sagrou-se o primeiro esportista a ganhar uma medalha olímpica para o Brasil, ao conquistar o segundo lugar (prata) na prova individual dos 50m de pistola livre. Nesse mesmo dia, como uma ironia do destino, Sebastião Wolf, Dario Barbosa, Guilherme Paraense e Afrânio Costa garantiram o bronze na prova por equipes, superando os Estados Unidos, justamente o país cuja delegação emprestou armas e munição a eles.

Mas foi no dia seguinte, em 3 de agosto, que veio o primeiro ouro olímpico brasileiro: Guilherme Paraense levou o País ao lugar mais alto do pódio, marcando 274 pontos de 300 possíveis, dois pontos à frente do americano Raymond Bracken. Paraense venceu a prova de pistola rápida de 25 metros acertando um tiro na mosca na prova de desempate individual.

A primeira participação brasileira numa olimpíada terminou com o saldo de três medalhas conquistadas na modalidade tiro esportivo, sendo uma delas, o primeiro ouro olímpico de Guilherme Paraense, que, também carrega o feito de ter sido o primeiro Porta-Bandeira do Brasil em Jogos Olímpicos. Somente 32 anos depois, o País conseguiria uma nova medalha de ouro, com Adhemar Ferreira da Silva, em Helsinque, na Finlândia.

Foto histórica dos competidores nos Jogos Olímpicos, de 1920, na Antuérpia, na Bélgica

Mão firme e excelente mira


Guilherme Paraense nasceu em 25 de junho de 1884, em Belém, no Pará, mas foi ainda criança para o Rio de Janeiro, onde frequentou a Escola Militar de Realengo. Foi ali que descobriu e desenvolveu seu pendor para a modalidade esportiva. Era conhecido por sua tranquilidade, mão firme e excelente mira, que o faziam sempre acertar o alvo, independentemente do formato que tivesse.


No final da década de 1910, sagrou-se campeão brasileiro e também sul-americano na modalidade tiro com revólver. E, em 1914, no Rio de Janeiro, juntamente com um grupo de atiradores, fundou o Revólver Clube, contribuindo para o crescimento deste esporte no País.

Tenente do Exército Guilherme Paraense sagrou-se campeão na modalidade tiro com revólver

Paraense continuou a carreira esportiva como atleta do Fluminense e seguiu, também, a carreira militar, até deixar o Exército em 1941 como tenente-coronel reformado. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1968, aos 83 anos de idade.


Em 1989, o pioneiro do ouro olímpico foi homenageado pelo Exército Brasileiro, que batizou com o nome “Polígono de Tiro Tenente Guilherme Paraense” o conjunto de estandes de tiro da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), sediada em Resende (RJ). Além disso, no local é realizado, anualmente, um torneio que também leva seu nome, válido para o calendário brasileiro de competições de tiro esportivo.

Em 2020, comemoramos o aniversário de 100 anos do legado deixado por esse militar atleta que fez história no esporte brasileiro.


Fonte: https://www.defesa.gov.br/noticias/58982-conquista-da-primeira-medalha-de-ouro-olimpica-brasileira-completa-99-anos

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Selo de Peixes será lançado nesta semana

Os Correios colocam em circulação nesta quinta-feira (20) o décimo segundo selo da série Signos do Zodíaco. A arte é de Adriana Shibata, que utilizou a técnica de ilustração digital. A emissão tem tiragem de 240 mil selos, com valor facial de 1º porte da carta (hoje R$ 2,05) cada um. Como ocorreu com os selos anteriores da série, o lançamento oficial de Peixes será por meio das redes sociais dos Correios (na quinta-feira, confira o vídeo com a astróloga Maria Eugênia de Castro no correiosoficial).

O selo de Peixes estará disponível nas principais agências de todo o país e também na loja virtual dos Correios.

Para março está previsto o lançamento do último selo da série, a emissão especial da Mandala com os Signos de Zodíaco.

Sobre o selo de Peixes

Os elementos que simbolizam Peixes estão assim representados no selo: no canto superior direito está seu ícone – um par de peixes que nada em sentidos opostos e que se mantém unido por um cordão; uma faixa cinza e outra azul delimitam o espaço onde está inserido o nome e o intervalo de tempo governado por Peixes. A faixa azul representa o elemento “água” – um dos regentes da natureza que caracterizam a personalidade dos nascidos nesse signo. No centro, há dois peixes e, no meio deles, a representação da constelação de Peixes.

Fechamento de um ciclo

Nas palavras do autor do edital desta emissão, o astrólogo Oscar Quiroga, “em Peixes se encerra o ciclo mediante o qual a consciência humana amadurece e compreende seu lugar no Universo”. No signo de Peixes se experimenta a pressão constante da vida sobre o ser humano, que se sente inadequado diante das maravilhas que pressente e se rende ao que é maior e sacrifica seus anseios particulares em benefício das pessoas com que se relaciona.

Essa característica é confirmada pela astróloga Maria Eugênia de Castro. Segundo ela, o nascido em Peixes evoluído tem o sentido do coletivo: “ele é aquele que diz: nós só estamos bem no dia em que todos estiverem bem. Enquanto tiver alguém sofrendo, injustiçado, com tantos problemas, ninguém estará bem”.

Quiroga lembra que a entrada de um pisciano na vida de alguém sempre acontece como encerramento de ciclo, que anuncia o fim de uma etapa e o início de um novo capítulo da existência. Ou seja, Peixes é o fim, porém, como o Universo trabalha através da continuidade, este fim anuncia um novo começo.

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A volta das cartas

 “Troca de cartas volta a ganhar adeptos e transforma-se em hobby na era digital” foi o título de reportagem distribuída pelo Agência Estado no dia 1º de janeiro de 2020 e reproduzida em outros veículos do país. Segundo o jornal, embora a troca de correspondências tenha deixado de ser um meio prático de comunicação, ainda tem milhares de adeptos no Brasil, tanto entre saudosos quanto entre aqueles que o adotaram já em plena era digital.

Carolina Santiago, de 23 anos, mestranda em Literatura e moradora de Salvador, descreve: “É uma forma de se desligar do ambiente veloz, de parar, sentar e escrever para produzir uma coisa à mão. Precisa sair de casa, ir nos Correios, postar a carta, esperar uma resposta. Sai do contexto de hoje em dia, em que tudo é uma correria.”

Isso mesmo, precisa ir nos Correios, comprar um selo e postar a carta, o que faz com que esse movimento abra uma série de possibilidades para a Filatelia.

Mas porque será que Carolina, legítima integrante da Geração Z – que convive com a tecnologia desde cedo – decidiu escrever cartas? Para os especialistas, com a chegada de meios de comunicação mais eficientes, a troca de correspondência ganhou novos significados ao longo das décadas. Escrever cartas se tornou um hobby, um trabalho manual ou até uma forma de experimentação social. “Não é uma sobrevivência do passado pura e simplesmente. É algo que informa, comunica um estilo de vida, um valor, crenças, e faz sentido neste momento para essas pessoas”, aponta Lilian Torres, professora de Antropologia da Faap.

Carolina compartilha parte das suas experiências em seu canal no Youtube

Carolina começou a trocar cartas em 2017 e hoje mantém contato com cerca de sete “penpals” (amigos por correspondência, em inglês). Confira a matéria completa em https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,troca-de-cartas-volta-a-ganhar-adeptos-e-transforma-se-em-hobby-na-era-digital,70003140488

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Selo personalizado celebra Encontro de Colecionadores

BAURU (SP) – Nesta sexta-feira (14), às 9 horas, os Correios participarão da abertura do 1º Encontro de Colecionadores, com a apresentação de selo personalizado. A cerimônia, aberta ao público, ocorrerá no Ibis Style Hotel, na Avenida Nações Unidas, 29-10, Vila Universitária.

A peça é composta pela imagem da arte do selo Olho de Boi de 90 réis e de uma cédula de 500 réis, em fundo azul, e traz a frase “1º Encontro de Colecionadores – Bauru SP –  14 a 16 de fevereiro / 2020”.

O 1º Encontro de Colecionadores ocorrerá entre os dias 14 e 16 de fevereiro e receberá expositores e colecionadores da região e também de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, entre outras cidades.  O evento é parte do roteiro de colecionadores que buscam novas peças como moedas, cédulas, selos, medalhas, miniaturas e diversos tipos de colecionismo.

O selo personalizado é uma modalidade de emissão postal que transforma as imagens em selos.  É utilizado por pessoas físicas ou jurídicas para se comunicarem com seus clientes de maneira criativa, customizada e com custo reduzido. Saiba mais aqui mesmo no Blog dos Correios.

Fonte: CCOM/SPI

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Gatos estampam selos da Romênia

Impossível não se apaixonar por estes selos postais que os correios da Romênia colocam em circulação nesta sexta-feira (7). A emissão Gatos com certeza fará a alegria tanto de amantes de pet quanto de filatelistas.

O gato doméstico (Felis catus) é um pequeno mamífero carnívoro e o único domesticado da família Felidae. Gatos podem ser de três tipos: doméstico, de guarda (de fazenda) ou selvagem. Diferente de gatos selvagens, que vivem livres e evitam contato com seres humanos, o gato doméstico vive próximo das pessoas e limita seu instinto de caça a espécies como roedores e pequenos pássaros da região.

Anatomicamente similar a outras espécies de Felidae, o gato doméstico tem reflexos rápidos, dentes afiados e um corpo forte e flexível, além de garras retráteis adaptadas para pequenas presas. Olfato superdesenvolvido e visão noturna lhe garantem uma grande vantagem na caça.

Embora seja uma espécie sociável, o gato doméstico caça sozinho. O jeito de os gatos se comunicarem incluem vocalizações como miado, trinado, ronronado, rosnado, sibilado e grunhido, além de uma linguagem corporal específica. Eles ouvem sons com frequências muito baixas e muito altas para os ouvidos humanos. Como um animal predador, a atividade do gato doméstico é mais dinâmica ao entardecer e ao amanhecer.

O gato Persa, retratado em selo com valor facial de Lei 1.80 (equivalente a R$ 1,76), é uma raça de pelo comprido, caracterizada pelo rosto redondo, cabeça larga com orelhas afastadas, olhos grandes, focinho e pernas curtas. No Oriente Médio, é conhecido como gato iraniano ou gato Shiraz. Essa espécie pode ter várias combinações de cores ou marcas no pelo. O persa é geralmente descrito como um gato quieto e com um temperamento pacífico.

O gato Siamês é motivo do selo com valor facial de Lei 2 (equivalente a R$ 1,96). Esta é uma das raças mais distintas de gato asiático. O siamês moderno se destaca por seu corpo cilíndrico, alongado e musculoso, bem como por sua cabeça, que forma um triângulo perfeito, da ponta do nariz às pontas das orelhas.

Os olhos são em forma de amêndoa e de cor azul e as orelhas, grandes, são largas na base e posicionadas em direção aos lados da cabeça. Esta raça tem um pescoço alongado, cauda estreita e fina e pelo curto e brilhante. Gatos siameses são inteligentes, sociáveis e afetivos, desde quando são filhotes até a vida adulta. Eles sentem a necessidade de interagir com as pessoas e procuram a companhia de outros gatos.

O Shorthair britânico, retratado no selo com valor facial de Lei 3.30 (equivalente a R$ 3,23) é uma raça tradicional britânica. Ele é reconhecido por seus pelos grossos, corpo grosso e cara larga. Esta é uma raça com características fortes, peito amplo, pernas grossas e fortes, patas arredondadas e cauda de tamanho médio. A cabeça é relativamente larga e arredondada, com um focinho curto, bochechas amplase grandes olhos redondos. As orelhas são largas e distantes uma da outra. A cor mais comum nesta raça é o Azul Britânico, que ilustra o selo de Lei 8.50 (equivalente a R$ 8,33), caracterizado pelo cinza monocromático com tonalidades azuis e olhos laranja. O pelo do shorthair britânico é uma das características que definem a raça. A pelagem é muito densa mas não tem subpelo e, portanto, possui uma textura macia e não lanosa.

O gato de Bengala, que aparece no selo com valor facial de Lei 5 (equivalente a R$ 4,90), foi criado a partir do cruzamento de gatos domésticos com o gato leopardo asiático (Prionailurus bengalensis) e o Egyptian Mau, o que dá a esta raça o brilho dourado do pelo. Uma das características mais marcantes deste felino é seu padrão e coloração exclusivos.

Esses gatos têm uma aparência selvagem e seu pelo pode apresentar manchas, rosetas, flechas ou um padrão de mármore. Gatos de Bengala têm uma aparência atlética, com músculos bem definidos, criando uma imagem sóbria e equilibrada. Eles têm bochechas altas, contornos escuros ao redor dos olhos e as orelhas são pequenas e pontudas.

O gato Sphinx, conhecido por não ter pelos, ilustra o selo com valor facial de Lei 11.50 (equivalente a R$ 11,27). A falta de pelo decorre de uma mutação genética de origem natural, embora esta raça em particular tenha sido obtida por meio de procriação seletiva.

Eles têm uma cabeça longa e estreita e a pele exibe a cor que o pelo teria, portanto pode ter uma coloração manchada, listrada ou difusa em pontos estratégicos do corpo. Os dedos das patas são unidos por uma membrana e, devido à falta de pelos, eles perdem a temperatura do corpo mais rapidamente do que outros gatos, forçando-os a procurar outras fontes de calor.

Foram produzidas apenas 225 peças do álbum filatélico, que traz o bloco da emissão (contendo seis selos não destacados) folha com 32 selos, minifolha com 5 selos, uma etiqueta e dois envelopes com o carimbo do “primeiro dia” impresso.

A emissão Gatos estará disponível no site http://romfilatelia.ro/store/.

Fonte: Public Relation Office – Romfilatelia

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Peças filatélicas eternizam 18 anos do Programa Jovens Embaixadores

Na última sexta-feira (31), representantes dos Correios e da Embaixada dos Estados Unidos se reuniram na Casa Thomas Jefferson, em Brasília (DF), para o lançamento do carimbo comemorativo e apresentação do selo personalizado alusivos aos 18 anos do Programa Jovens Embaixadores.

Criado em 2002, o Programa Jovens Embaixadores é uma iniciativa de responsabilidade social da Embaixada dos Estados Unidos que já beneficiou 672 jovens brasileiros.  A ação prevê um intercâmbio de três semanas nos EUA para estudantes brasileiros da rede pública de ensino, entre 15 e 18 anos, que sejam comunicativos, possuam boa fluência no idioma inglês, excelente desempenho escolar, perfil de liderança e sejam engajados em ações de voluntariado.

Para a idealizadora e coordenadora geral da ação, Márcia Mizuno, o lançamento das peças filatélicas é um marco para a Embaixada dos Estados Unidos.

Confira a cobertura completa na Sala de Imprensa dos Correios.

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